CEO da Zoom diz que equilíbrio entre vida pessoal e profissional não existe
O CEO da Zoom, Eric Yuan, afirma que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional não existe para os líderes; na verdade, ele abriu mão completamente dos hobbies para se dedicar à sua empresa de US$ 20 bilhões. Mas, ao mesmo tempo, como pai de três filhos da Geração Z, ele reconhece a importância da família: “Sempre que há um conflito, adivinhe? Família em primeiro lugar”.
Na última década, nenhuma empresa transformou o ambiente de trabalho tanto quanto o Zoom. O software de videoconferência redefiniu o ambiente de trabalho moderno, possibilitando o acesso da praia , do sofá ou de qualquer outro lugar.
Mas agora, seu fundador e CEO está lidando com as consequências indesejadas de sua própria criação. Eric Yuan admite que a ascensão do Zoom — e a possibilidade de trabalhar literalmente de qualquer lugar — praticamente apagou as fronteiras entre trabalho e vida.
“Eu digo à nossa equipe: ‘Pessoal, vocês sabem, não tem como equilibrar. Trabalho é vida, vida é trabalho'”, disse Yuan em uma entrevista recente ao podcast Grit.
Yuan chegou a admitir que não tem hobbies, dedicando toda a sua vida à “família e ao Zoom”. No entanto, quando surge um conflito e ele precisa escolher entre os dois, o homem de 55 anos adota a abordagem mais sensata: “Sempre que há um conflito, adivinhe? Família em primeiro lugar. Só isso”.
Yuan é apenas o mais recente líder a reconhecer que o verdadeiro equilíbrio entre vida pessoal e profissional pode ser impossível quando se busca o sucesso, ecoando nomes como o ex-presidente Barack Obama , a CEO da TIAA, Thasunda Brown Duckett , e o cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman , para citar alguns.
A Fortune entrou em contato com Yuan para comentar.
Geração Z: Prepare-se para a revolução da IA, gradualmente
Apesar de se sentir animado sobre como a IA remodelará o mundo para sempre, como pai de três crianças da Geração Z, Yuan disse que também reconhece os desafios que os jovens enfrentam ao tentar entrar no mercado de trabalho atual.
“Às vezes fico extremamente preocupado”, disse ele, citando como exemplo os formados em ciência da computação. “Não é mais tão fácil encontrar emprego. Isso é loucura.”
Somando-se aos temores da Geração Z, ele admitiu que, em 10 a 20 anos, existe de fato a possibilidade de que a maioria dos empregos atuais seja substituída ou ampliada. Mas, em vez de entrar em pânico, Yuan enfatizou que é importante se concentrar em se preparar para um ambiente de trabalho dominado pela IA.
“Concentre-se totalmente no que você faz todos os dias”, disse ele. “Tente tirar uma boa nota e aproveite a vida no campus. Ao mesmo tempo, aprenda um pouco de IA. Mentalmente, prepare-se gradualmente”.
O próprio Zoom é um exemplo da montanha-russa que acompanha a navegação na indústria de tecnologia. Quando o Zoom abriu seu capital em abril de 2019, era avaliado em apenas US$ 9,2 bilhões. Mas, menos de um ano depois, a pandemia chegou e o mundo inteiro recorreu ao Zoom para manter empresas e escolas funcionando. De acordo com Yuan, sua base de usuários saltou de 10 milhões para 350 milhões e, no outono de 2020, seu valor de mercado disparou para US$ 160 bilhões.
No entanto, um novo ressurgimento de políticas de retorno ao escritório fez com que o valor de mercado do Zoom caísse novamente para cerca de US$ 20 bilhões.
Uma semana de trabalho de dois dias pode estar em nosso futuro
Embora sacrificar o tempo livre pela rotina do trabalho possa ser a realidade atual, o CEO da Zoom sugere que pode haver algum alívio à vista. Nos próximos anos, Yuan disse que mais pessoas terão um agente digital ou “gêmeo”, e a semana de trabalho tradicional poderá ser completamente revolucionada.
“Imagine, digamos que temos uma tecnologia de IA muito madura. Precisamos mesmo trabalhar cinco dias por semana? Talvez três dias, talvez dois dias”, disse ele.
Essa semana de trabalho mais curta é um futuro também vislumbrado por outros líderes de tecnologia proeminentes, incluindo o bilionário Bill Gates. O cofundador da Microsoft previu no início deste ano que os humanos não seriam mais necessários para “a maioria das coisas”, potencialmente reduzindo a quantidade de horas que as pessoas precisam passar no escritório.
Gates disse a Jimmy Fallon no The Tonight Show no início deste ano: “Como serão os empregos? Deveríamos trabalhar, tipo, dois ou três dias por semana?”
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